sexta-feira, 30 de julho de 2010

As propostas do PCdoB para a Ciência, Tecnologia e Inovação

Assim como tem feito desde a primeira campanha de Lula em 1989, o PCdoB apresentou aos partidos aliados reunidos em torno da candidatura de Dilma Rousseff um conjunto de ideias para compor a plataforma do futuro governo.

Por Renato Rabelo*
Nestas propostas guardam especial destaque a visão estratégica sobre o papel central da implementação de uma política industrial pautada e baseada por uma política de ciência, tecnologia e inovação que correspondam às necessidades de reprodução material da Nação. Mas, também, em função do crescente papel do país em um mundo onde o poder dos monopólios e oligopólios tem cada vez mais primazia, onde os dispêndios financeiros são cada vez maiores em capacitação tecnológica. Na época atual, a problemática da Ciência &Tecnologia ganha contornos cada vez mais financeiros, saindo da lógica lúdica da inovação pela inovação.

O programa de governo de Dilma é marcado pela continuidade com avanço. Neste sentido, as propostas do PCdoB para a área de C&T se referenciam pela necessidade de avançar nesta área a ponto de alcançar uma relação entre investimentos em C&T em proporção ao orçamento da União da ordem de pelo menos 2%. Não se trata de nenhuma fantasia, pois em 2004 o total aplicado nesta área foi de 1,24% e em 2008 de 1,48%. Números que refletem quase a mesma proporção dos países desenvolvidos. A ordem atual dos acontecimentos pode levar nosso país a atingir a proporção proposta pelo PCdoB.

É caso a ser tratado no âmbito de um planejamento estatal e privado cada vez mais específico. A anarquia da produção, por si só, é incapaz de resolver tal ordem de demandas. Daí os próprios países capitalistas passarem a planejar cada mais vez suas ações – e de suas empresas – neste quesito. E o Brasil não pode ser diferente. Daí a necessidade de solução de uma outra ordem de problemas, mais diretamente relacionado ao papel da iniciativa privada no fomento à inovação. Isso tem lógica de processo histórico, pois o próprio estudo das tendências históricas nesta área nos leva a perceber o papel das empresas privadas nesta área. Por exemplo, nos países desenvolvidos – afora os investimentos estatais – a proporção de investimentos privados em C&T são até cinco vezes maiores que os investimentos públicos.

É por essas tendências históricas comprovadas que colocamos a ciência, tecnologia e inovação como parte de uma política industrial. Política industrial e fomento à C&T somente ocorrem com grandes induções macroeconômicas e comércio exterior planificado. Eis também o sentido de nossa luta por uma taxa de juros próxima de patamares internacionais e de uma política cambial que favoreça nossos termos de troca com o exterior e induza empresas de ponta no mundo a utilizar nosso território como base de desenvolvimento tecnológico.

* Renato Rabelo é presidente Nacional do PCdoB

Bolero de Ravel uma pequena analogia a Militância da UNIÃO DA JUVENTUDE SOCIALISTA

Certa vez um camarada me falou que deviamos nos inspiramos e fazermos uma alnogia de nossa militancia a famoza composição conheciada e tocada mundialmente "O Bolero de Ravel", no entanto poucas pessoas que estavam presentes compreenderam o que significaria aquilo que o Camarada estaria falando, uma parte porque não fazia ideia do que PO... seria o Bolero de Ravel, outra parte sabia só não entenderá como fazer analogias entre música clássica e a militância de um jovem Comunista.
Então primeiro queria me dar o direito e audácia de fazer alguns comentários sobre a composição. Composta entre Julho e Outubro de 1928 no Tempo di Bolero, moderato assai ("tempo de bolero, muito moderado"), o Bolero tem um ritmoinvariável (escrito para = 72, ou seja, com a duração teórica de catorze minutos e dez segundos), e uma melodia uniforme e repetitiva. Deste modo, a única sensação de mudança é dada pelos efeitos de orquestração e dinâmica, com um crescendo progressivo e uma curtamodulação em mi maior próxima ao fim, mas retorna ao dó maior original faltando apenas oito compassos do final. Originalmente, na própria cópia da partitura de Ravel, a marca do metrônomo é = 76, mas esta está riscada e 66 está substituindo a marcação original. Ravel observa esta segunda marca na sua gravação com a Orquestra Lamoureux. Mais tarde, outras edições do Bolero sugerem o 72. Na primeira gravação de Piero Coppola, a qual Ravel estava presente, o Bolero teve uma duração similar de 15 minutos e 40 segundos. Ravel, mais tarde comentou a um jornalista do Daily Telegraph que a obra duraria 17 minutos. Forma uma obra singular, que Ravel considerava como um simples estudo de orquestração. A sua imensa popularidade tende a secundarizar a amplitude da sua originalidade e os verdadeiros objectivos do seu autor, que passavam por um exercício de composição privilegiando a dinâmica em que se pretendia uma redefinição e reinvenção dos movimentos de dança. O próprio Ravel ficou surpreendido com a divulgação e popularidade da obra, muito devido às variações que numerosos maestros, incluindo Willem Mengelberg e Arturo Toscanini, introduziram nas suas interpretações.
O que é mais interessante é que Ravel como poucos compositores uniu a mesma composição Metais, Madeiras, Cordas e Percussão. A composição começa a ser exucutada pelas Madeiras um oboé, depois um clarinete, passando assim pelos Metais, Trombone, Bombardino, então entra as cordas com os violinos, violas e violon Cello, e a percussão marca a cadência.
Agora se perguntem o que isso tem a ver com a militancia da Juventude aguerrida e engaijada na luta por uma sociedade mais justa e igualitária?
É simples Ravel intencionalmente ou não, por ser detalhista e sutil mostrou a importância que cada instrumento tem na orquestra, criando solos separados da mesma melodia para vários instrumentos diferentes, pra só depois uni-los em uma só execução.
Isso pode ser definido como nossa militância, as vezes não nos damos conta de como nossa militância é importante na construção da sociedade a qual tanto sonhamos. As vezes nos sentimos só e abandonados, ou com uma vontade tremenda de abandonar a militância, mas se olharmos que somos parte de uma composição que cada mostra nossas capacidades de solistas, e que apesar de ser repetitiva e algumas vezes cansativas logo chegará a hora que seremos uma grande orquestra tocando uma bela composição para uma platéia que dirá que as habilidades de solistas de conduzir aquela parte da melodia na hora exata era de extrema importancia para manter a cadencia e "obra" completa.
Então camaradas está dado, os músicos com a difícil tarefa de execução somos nós, a obra é poder construirmos um pais com a nossa cara, um pais socialista.

"Por manhãs de Sol e Socialismo"

Em homenagem ao camarada Maksandro Souza que criou essa analogia.

Jardel J O Silva


Entenda os riscos da exploração de petróleo


Entenda os riscos da exploração de petróleo

Principais perigos envolvem explosões, como a da BP no Golfo do México.
Especialistas relembram desastres e como estragos foram controlados.

Ligia GuimarãesDo G1, em São Paulo
 A exploração de petróleo é uma atividade cheia de riscos. Envolve tarefas perigosas como perfurar rochas em regiões ultraprofundas, enfrentar pressões altíssimas e manipular volumes gigantescos de gás. (Veja a reportagem completa no vídeo ao lado)
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O acidente que ocorreu em abril com a plataforma Deepwater Horizon, da petrolífera britânica BP, no Golfo do México, é um exemplo dos tipos de danos que qualquer erro no processo de perfuração das reservas do óleo podem causar.
Vazamento BPImagem da explosão na plataforma da BP, em abril.  (Foto: AFP)


O desastre matou 11 funcionários da empresa e causou graves prejuízos ambientais e econômicos na costa sul dos Estados Unidos, especialmente nos setores de pesca e turismo, além de abalar a popularidade do presidente Barack Obama e complicar as relações entre Washington e Londres. A BP tenta há meses, sem sucesso, estancar definitivamente o vazamento.

 O G1 consultou especialistas para saber quais são os perigos mais comuns e como a indústria de petróleo precisa agir em caso de emergências.
Poço 'reforçado'
O professor Ricardo Cabral de Azevedo, doutor do Departamento de Engenharia de Minas e de Petróleo da Universidade de São Paulo (USP), compara a perfuração de um poço de petróleo à construção de um túnel: o caminho precisa estar pronto, reforçado e cimentado para que seja seguro o 'trânsito' de óleo por ali. Antes disso, qualquer fluido que entre no poço, como gás, detritos e o próprio petróleo é indesejado e representa risco para a exploração.
"Enquanto você está perfurando , está criando uma superfície rochosa em volta do poço que é extremamente insegura", diz o professor.  "Então após perfurar cada trecho do poço você desce um revestimento de aço para sustentar essa parede".
Os "invasores" mais perigosos nessa etapa da perfuração são o petróleo e o gás. "O mais perigoso é o gás, porque ele é muito leve, ele pode subir até a superfície", explica.
Tipos de acidente
Para o ex-diretor da Agência Nacional de Petróleo (ANP) David Zylbersztajn, a maior parte das medidas de precaução das petrolíferas busca evitar o vazamento de gás. "Hoje o que chama mais a atenção e é temido são os casos como o da BP, de vazamentos que terminam em explosão", explica.
De acordo com Azevedo, da USP, há dois tipos principais de acidente que podem ocorrer na perfuração do petróleo: o kick e o blow out. Os dois envolvem a invasão do poço por fluidos.
O 'blow out' é a pior situação possível para um poço de petróleo: pode provocar explosões, incêndios, um acidente de grandes proporções"
Ricardo de Azevedo
"O kick é quando entram fluidos no poço, não necessariamente chegando à superfície". Nesse caso, técnicos usam a própria broca de perfuração para "injetar" outras substâncias mais pesadas e impedir que os fluidos saiam de controle.
O mais perigoso, no entanto, é o gás: leve, ele pode subir e alcançar o contato com a superfície mais facilmente. "Quando o gás chega à superfície você tem o 'blow out', que é a pior situação possível para um poço de petróleo: você tem vazamentos de fluidos para o meio ambiente que podem provocar explosões, incêndios, um acidente de grandes proporções".

Erros na BP
Meses após o acidente no Golfo do México, ainda não se sabe exatamente quais foram as causas do desastre. "Uma coisa que pode ter acontecido são falhas na cimentação, que permitiram que houvesse espaço para esse gás migrar por entre o cimento e chegar até a superfície.  É uma profundidade de 3 mil, 4 mil metros, na hora de cimentar você não está vendo o que está fazendo então você corre sérios riscos de não ter cimentado completamente", diz o professor, ressaltando que essa é apenas uma das muitas possibilidades de explicação para a tragédia.
Na opinião de Zylbersztajn, a petrolífera britânica investiu menos em segurança do que devia. "O que parece até agora é que eles (da BP)  foram mesquinhos em termos de gastos de segurança, a típica economia 'burra'. Economizaram X para depois gastar 50 x para consertar o desastre. É o tipo de economia que a Petrobras, considerada uma das melhores do mundo, não faz", afirma.
O professor Wilson Siguemasa Iramina, do curso de Engenharia de Petróleo da USP, diz que o verbo "economizar" é proibido no vocabulário de uma petrolífera.
"[A exploração de petróleo] É uma atividade de risco. A cada cinco poços, apenas um deve ter óleo e o gás. Os outros não produzem e não pagam o investimento. Todas as empresas têm que ter muito dinheiro para investir nisso", diz.
Para  Zylbersztajn, o descuido nos investimentos em segurança da BP é consequência também das falhas na fiscalização do setor nos EUA. "O governo americano na era Bush afrouxou muito as regras e a fiscalização. No Brasil, a ANP faz uma fiscalização bem mais rígida", diz.
Mudanças depois do desastre
De acordo com o diretor do Centro Brasileiro de Infraestrutura (CBIE), Adriano Pires, o acidente da BP representa um marco no mercado de petróleo, que passará a se preocupar ainda mais com a segurança na exploração.
"Qualquer exploração no mar daqui para a frente vai ficar muito mais cara. Primeiro porque as próprias seguradoras vão aumentar o seguro de plataforma.[...] Além disso, as próprias autoridades governamentais tendem a dificultar mais o licenciamento ambiental para explorar petróleo no mar, e a exigir equipamentos de maior grau de segurança. Isso tudo aumenta custos", afirma.
Apesar disso, ele afirma que a produção do óleo deve continuar a crescer, junto com a demanda pelo produto. "O grande desafio é descobrir como você aumenta a produção de energia com mais garantias ambientais, tendo menos acidentes e também emitindo menos gás carbônico", diz.
Controle dos estragosNa iminência de um acidente ou explosão em uma plataforma de petróleo, a primeira alternativa é fechar o poço o mais rápido possível, explica Ricardo Azevedo. "Para isso você tem o chamado 'blow out preventer', que é um conjunto de válvulas feitas para fechar o poço em qualquer situação".
A BP tentou fechar o poço, mas infelizmente equipamento não funcionou"
Ricardo de Azevedo
No acidente da BP, essa tentativa foi feita, de acordo com o especialista da USP. "Quando eles (da BP) viram que o fluido estava chegando próximo da superfície, eles deveriam ter fechado. E eles tentaram fazer isso, mas infelizmente esse equipamento, o blow out preventer, não funcionou".
Conforme avalia Zylbersztajn, o ideal é que a BP tivesse mais de um sistema de segurança que pudessem ser acionados no caso de um vazamento como o ocorrido.
"O que faltou lá foi a redundância: quando uma coisa falha tem que ter outra para a mesma finalidade. Se um não funciona, o outro tem que funcionar", diz ele, que cita como exemplo de recurso que falhou oalarme da plataforma, que estava desativado no momento do acidente para não acordar a tripulação com falsos alertas. "O alarme poderia ter ajudado a salvar vidas".
Outra alternativa para amenizar estragos é a que a BP tenta concluir atualmente: perfurar poços de alívio, que podem demorar até três meses para ficarem prontos, estima o professor da USP.
"Você perfura poços ao lado do poço principal que vão 'matar' o poço, ou seja, vão injetar fluidos densos que vão interromper o fluxo de óleo. E depois logo em seguida vão preencher com cimento uma parte do poço dessa tubulação e vão vedar, ou seja, esse poço não vai produzir mais", afirma Azevedo.
O coordenador do Sindicato Unificado dos Petroleiros de São Paulo, Itamar Sanches, ressalta que em casos de acidentes como o da BP é fundamental garantir a segurança e assistência aos funcionários que trabalham nas plataformas.
"O que eu acho triste é que todo mundo fala no vazamento, na questão ambiental, que é importante também, mas ninguém fala nas famílias desses onze trabalhadores que morreram (no acidente da BP)", diz Sanches.
No Brasil
O professor Ricardo Azevedo lembra que já houve casos no Brasil em que foi preciso fechar um poço de petróleo em situação emergencial; um exemplo é o da plataforma da P-36. "A plataforma afundou mas não houve nenhum derramamento de óleo no mar, exatamente porque esse equipamento para fechar o poço funcionou perfeitamente", diz.
Nas reservas de petróleo do pré-sal, localizadas em águas ultraprofundas, a perfuração é ainda mais difícil.
"No caso do pré-sal você tem águas ultraprofundas, até mais profundas do que essa do Golfo do México (do acidente com a BP). Você tem pressões altíssimas, suficientes para amassar o aço como se fosse uma folha de papel. A maioria dos equipamentos que o ser humano dispõe não funciona nessas condições. Um submarino muito antes de chegar nessa profundidade já é esmagado", explica.
No pré-sal, você tem pressão que amassa o aço como se fosse uma folha de papel "
Ricardo de Azevedo
Para o professor, no entanto, o domínio tecnológico e investimento em segurança utilizados no Brasil pela Petrobras são reconhecidos internacionalmente.
"Eu fico tranqüilo porque a nossa qualidade é uma das melhores do mundo, inclusive superior a essa que foi utilizada no Golfo do México, onde aconteceu o acidente. O Brasil e a Noruega são dois países que são referência nesse tipo de tecnologia", afirma.
Wilson Siguemasa Iramina, professor do curso de Engenharia de Petróleo da USP, diz que perfurar o sal em águas ultraprofundas é bem mais difícil do que perfurar rocha: qualquer movimento brusco ou mesmo o uso de fluidos pode fazer a estrutura desmoronar.
"O sal não se comporta como uma rocha, ele se mexe. As técnicas de usar fluidos à base de água, que são usados para preencher os furos com água e evitar que a parede caia, poderiam dissolver o sal e desabar a camada, fechando o poço", explica.
Amenizar impactosEmbora tenha níveis de segurança adequados, o Brasil deve se preocupar  em planejar e tornar conhecidos os planos de ação que serão adotados em caso de acidentes petrolíferos, afirma Zylbersztajn.
"A gente não pode apostar na infalibilidade de equipamento, não existe nada com risco zero. E como os impactos são muito grandes, a sociedade merece uma explicação do que seria feito no caso de um acidente. Ainda mais no pré-sal, em que a exploração é feita a 300 km da costa. Não se sabe como seriam transportadas pessoas, equipamentos, produtos dispersantes de óleo", diz o ex-diretor da ANP.
G1 entrou em contato com a Petrobras para comentar seus procedimentos de segurança na perfuração do óleo, mas a empresa informou que não vai se pronunciar sobre o assunto.
(Com informações de agências)
Fonte Prtal G1

terça-feira, 27 de julho de 2010

Porque ela era eu...



Desenho a lapis de cor para a pessoa que tem sido meu pilar de sustentação, nos ultimos dias.


Não cheguei a conhece-lo pessoalmente mas a crítica o elogia muito e fazem bons comentários sobre o grande ator, diretor, desing, artista plasticos entre tantas outras contribuições ao mundo das artes. Quem tiver um tempinho na próxima quinta (29-07) no Centro Cultural dos Corrreios as 12:30h passará alguns curtas dirigidos por Marco Hanois Falbo Tio de Paula Falbo ( Minha Namorada), logo em seguida a exibição dos curtas terá um debate sobre as obras deixadas pelo mesmo... Abraços e espero encontrar alguns amigos por lá, pois vou aproveitar meu horário de almoço pra dar um pulinho lá.  
Fernando Pessoa

Não sei quantas almas tenho

Não sei quantas almas tenho.
Cada momento mudei.
Continuamente me estranho.
Nunca me vi nem acabei.
De tanto ser, só tenho alma.
Quem tem alma não tem calma.
Quem vê é só o que vê,
Quem sente não é quem é,
Atento ao que sou e vejo,
Torno-me eles e não eu.
Cada meu sonho ou desejo
É do que nasce e não meu.
Sou minha própria paisagem;
Assisto à minha passagem,
Diverso, móbil e só,
Não sei sentir-me onde estou.

Por isso, alheio, vou lendo
Como páginas, meu ser.
O que segue não prevendo,
O que passou a esquecer.
Noto à margem do que li
O que julguei que senti.
Releio e digo : "Fui eu ?"
Deus sabe, porque o escreveu.

NAVEGAR É PRECISO

Navegadores antigos tinham uma frase gloriosa:
    
"Navegar é preciso;  viver não é preciso".
  
Quero para mim o espírito [d]esta frase,
    transformada a forma para a casar como eu sou:
  
Viver não é necessário;  o que é necessário é criar.
   Não conto gozar a minha vida; nem em gozá-la penso.
   Só quero torná-la grande, 
   ainda que para isso tenha de ser o meu corpo e a (minha alma) a lenha desse fogo.  

Só quero torná-la de toda a humanidade;    
ainda que para isso tenha de a perder como minha.   
Cada vez mais assim penso.  

Cada vez mais ponho da essência anímica do meu sangue    
o propósito impessoal de engrandecer a pátria e contribuir   
para a evolução da humanidade.  

É a forma que em mim tomou o misticismo da nossa Raça.

Fernando Pessoa

Desejo

Quero-te ao pé de mim na hora de morrer.
Quero, ao partir, levar-te, todo suavidade,
Ó doce olhar de sonho, ó vida dum viver
Amortalhado sempre à luz duma saudade!
Quero-te junto a mim quando o meu rosto branco
Se ungir da palidez sinistra do não ser,
E quero ainda, amor, no meu supremo arranco
Sentir junto ao meu seio teu coração bater!
Que seja a tua mão tão branda como a neve
Que feche o meu olhar numa carícia leve
Em doce perpassar de pétala de lis…
Que seja a tua boca rubra como o sangue
Que feche a minha boca, a minha boca exangue!…
………………………………………….
Ah, venha a morte já que eu morrerei feliz!…

segunda-feira, 26 de julho de 2010



Homenagem que pintei hj em aquarela a bruxinha fogoio... Que eu amo de coração... Eduarda Alves!

Cada vez mais apaixonado...




Obrigado Paula Costa Rêgo Falbo por existir em minha vida...

A cabeção.

Querendo falar mais ou menos como Vinicius com não consigo copio...



Prevendo o imprevisto...

             Não é cíclico, mas é redundante, não é complexo mas está muito longe de ser simples.
             Comparemos amigo "Stone", se fizermos uma analogia, poderiamos comparar com as ondas do mas. Descrevando para você amigo "Stone", as ondas vão e voltam em um movimento redundante, porém não cíclico, elas vão e voltam, como se fosse um simples movimento, todavia não o é, contudo não é complexo, parecendo fazerem sempre o mesmo movimento, nos iludindo ao ponto de acharmos que é sempre igual porém sempre será diferente.
             Em sua análise existem diversos fatores como movimento das mares, a velocidade e direção dos ventos, a temperatura da água, o relevo do solo e etc. Existem os fatores naturais e a interferência que nós humanos o proporcionamos.
             São muitos fatores a serem analisados, mesmo assim se permitem serem estudados detalhadamente e separadamente.
             Então como saber  onde quebrara a próxima onda? Com que força ela quebrará? Qual altura? Quais caracteristicas? Impossível dizer com precisão pela quantidade de fatores de interferência diretas e indiretas... Todavia todas serão sempre previsíveis.
             É assim amigo "Stone" que somos e que possamos nos dar o desprazer de nos sentirmos, perserguidos por alguém que não sabemos quem é, e sem poder me entregar ao conformismo de achar que o nosso destino estará sempre escrito e imutável.
            É assim que podemos nos sentir, sem ter a certeza de onde quebrará a primeira e a ultima onda, qual intensidade dela, a altura, a força, mas assim como as ondas podemos ser previsíveis, eu também posso amigo.
            Assim como os fenômenos naturais somos previsíveis, eu, você e qualquer outro amigo "Stone".
            "Deus permite a todo mundo uma loucura" e assim como as ondas elas não são cíclicas, mas são redundantes. Não são complexas, mas estão longe de serem simples.
             Então amigo permita-me entregar-me a minha loucura e deixar que ela seja o fator de "impresibilidade" o fator que não pode ser calculado. 
              No mais é isso amigo "Stone" aguardo notícias suas.  





quinta-feira, 22 de julho de 2010

Boa Música Brasileira pra animar a quinta-feira

Advogado da resistência ao golpe é morto em Honduras

A situação de caos, assassinatos e repressão em Honduras continua acontecendo. A vítima mais recente foi o advogado Marco Tulio Amaya, da Frente Nacional de Resistência Popular, assassinado na manhã desta quarta-feira (21), na comunidade Ojo de Agua, em El Paraíso. Marco Tulio integrava a Frente de Advogados contra o Golpe de Estado e era defensor dos 56 campesinos do Instituto Nacional Agrário, vítima de perseguição pelo governo hondurenho.

Em virtude desta situação repressiva que se instalou em Honduras, trinta entidades estadunidenses, entre organizações sociais, internacionais e igrejas, que militam em prol dos direitos humanos, expressaram preocupação a respeito das graves violações dos direitos, através de uma carta enviada na véspera (20), ao Departamento de Estado, dos Estados Unidos (EUA).

As entidades denunciam que a série de violações de direitos, que tem vitimado os defensores dos direitos humanos, ativistas e até jornalistas, durante o governo do atual presidente, Porfirio Lobo, não tem sido investigada seriamente.

Elas pedem ao Departamento de Estado que denuncie de forma sistemática e publica, as violações que têm acontecido em Honduras e que encoraje o governo hondurenho a aceitar o estabelecimento de um escritório do UNCHR (Alto Comissariado das Nações Unidas para os Direitos Humanos), para fortalecer o estado de direito.

Na carta, as entidades pedem também à secretária Hillary Clinton, que "condicione o fornecimento de assistência à Honduras, à realização de uma investigação imediata destes casos e a adoção de medidas efetivas para assegurar que se ponha fim a estes abusos".

Lista de vítimas 

De acordo com dados relatados na carta, a maioria das pessoas ameaçadas, atacadas e assassinadas pertencia à FNRP (Frente Nacional de Resistência Popular), ou se opunham de algum modo ao Golpe de Estado. O documento alerta ainda que a dirigente feminista Gladis Lanza, recebeu ameaça de morte, através de e-mail, no último dia 17.

As organizações fizerem ainda uma lista com nome dos ativistas sociais assassinados só no período de gestão de Lobo, entre os quais aparecem o dirigente sindical Julio Fúnez Benítez, a filha do sindicalista Pedro Brizuela, Claudia Maritza Brizuela, Francisco Castillo, Juan Manuel Flores Arguijo, Adalberto Figueroa, Gilberto Alexander Núñez Ochoa, Pedro Antonio Durón Gómez e Vanessa Zepeda Alonzo.

Fonte: Adital