MAIOR MERCADO DE CONSUMO DE UÍSQUE DO MUNDO
O emergente mercado brasileiro de uísque tem uma série de pequenas e interessantíssimas particularidades. A primeira é que Recife (PE) é a cidade que detém o maior consumo de uísque per capita em todo o mundo. Os dados são da prestigiada publicação inglesa “The Whisky Magazine”.
Isso mesmo, a cidade conhecida por suas pontes, Carnaval e belas praias tem grande importância no setor nacional. Tanto que Eduardo Blohm Bendzius, diretor de marketing da Diageo –que controla as marcas Smirnoff, Johnnie Walker, Captain Morgan, Baileys, J & B, José Cuervo e a cerveja Guinness–, explica que a empresa executa ações específicas para Pernambuco. “O Brasil, hoje, é o país onde mais se consome Johnnie Walker Red Label no mundo, e Recife corresponde a pelo menos 40% desse volume”, diz.
Segundo Bendzius, Recife é um grande mercado não apenas para o uísque, mas também para outras bebidas destiladas. “A cidade tem uma cultura de destilados que também abarca bebidas como o rum”, explica.
O consumo de uísque na capital de Pernambuco tem algumas particularidades, como o costume de ser bebida com gelo produzido com água de coco. “Como bebedor de uísque, não sou purista, acho que cada um deve degustar a bebida da maneira que achar melhor”, afirma.
Prado começou a se interessar pela bela bebida em meados de 1970 e não parou mais. “Tive a oportunidade de conhecer a Inglaterra e, lá, fui provando bons uísques e comprei meu primeiro livro”, explica. Segundo ele, o mercado brasileiro cresceu muito nos últimos anos. “Hoje em dia, é muito fácil encontrar um uísque de boa qualidade nas capitais. Antes, tínhamos que esperar que alguém trouxesse de fora”, diz.
Rótulos nobres e destilarias fantasmas
O bom momento do mercado nacional de uísque colocou o país na rota dos chamados lançamentos super premium –uísques produzidos com matérias-primas nobres, de produção limitada, como o Johnnie Walker King George V, que teve cem unidades lançadas no Brasil.
Na produção desse tipo de bebida, muitas vezes são usadas matérias-primas das chamadas destilarias fantasmas – que fecharam as portas apesar da qualidade, o que confere a esses rótulos uma áurea de originalidade.
Os lançamentos mais exclusivos costumam atrair colecionadores. Algo que Prado não concorda. “Eu respeito muito os colecionadores, mas acho que o uísque foi feito para ser bebido e é muito mais gostoso beber do que admirar um garrafa”.
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