sábado, 15 de outubro de 2011

Dar-te-ia

Então, tenho descartado os dias,
os quais não te vejo
E dois mil dias, antes,
de te conhecer, Corri!
Pra esse dia não acontecer.
Sem perceber
Que corria pra você...
Hoje, meu sol, lua e céu
só existem em teus braços,
Em teu cheiro, teu beijo.
E se teus olhos
nada me dissessem, esqueceria,
Mas como esquecer?
Se você lembra todos os dias.
E o medo de te ter
se torna maior
Que o medo de te perder
Sangro lágrimas,
Choro sangue,
Por me privar de cada instante
que ao teu lado poderia está.
Mato afogados sonhos.
Finjo está tudo bem
Mas basta pensar em tua voz
que meu corpo estremesse
Desenho a lápis, traços firmes
Em minha imaginação
Tuas curvas, corpo e rosto
E como em uma obra de arte divina
Cada detalhe é encantador
Teus sinais, teus pelos ralos,
tua pele macia,
e até tua marca de catapora...
Tento recompor na tua ausência
aquela canção
Que começamos a dois meses atrás
Dedilho o violão em tom menor
Pois com tua distância
Não o caberia outro tom!
Entre notas e soluços
Me vem a cabeça
A cama apertada, tua cara envergonhada
O cartão que não passava
a toalha em que envolta se encobrias...
... E nua quero ver-te todos os dias!
E então, enfim
"Não mais que errante
te desejo como amigo e como amante"
Para isso tu seria livre
Como borboletas
Para que na Primavera
Eu pudesse te dar amor
em forma de flores
E no inverno
meus braços, te daria
Para que dele
Pudesses fazer teu casulo.
E baixinho, ao teu ouvido,
e bem baixinho, e leve, e doce
Cantaria aquela canção
que fiz ao te conhecer.
Porque sem sua presença
ela não passa de notas soltas, sem sentido!
Por fim, morrerei,
Morrerei de tanto
Dar-me a te...
São sei horas da manhã
Ainda não dormir mais preciso acordar.

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