Uísque, Gelo e Blues
terça-feira, 23 de abril de 2013
Só!
Expulso de mim todos os dias
demônios que me habitam
Por vezes anjos, também!
Encho-me de mim mesmo,
de minha sanidade insana!
Todos os dias me encho de mim,
todos os dias me expulso de mim.
Insanidade outrora incontrolável,
incontestável...
As vezes não me reconheço no espelho
São dois "eus"
Vários "eus", vários édipos!
Minha complexidade me adimira
e me confunde
Agora esse meu eu
É aquele outro eu
Que por vezes insiste em voltar
Agora jogo-me ao infinito
Ao infindável,
Não sei o que será o futuro
Esqueço o passado
e novamente
Encho-me de meu presente
Não tente me entender
Nasci pra ser só...
Pra ser sol, louco e livre!
Poema meu inspirado na tela de Emygdio de Barros artista contemporâneo, que apesar de ser atormentado pela esquizofrenia pintou quadros fantásticos!
segunda-feira, 24 de outubro de 2011
Dar-te-ia Poema de n°2
Olhando para o céu lindo e estrelado
Vejo seus olhos no brilho de cada estrela
E o céu, assim escuro e azulado
Me presenteia com o brilho Da mulher mais bela.
Na penumbra de meu quarto
Te senti, toquei, apalpei,
Te enxerguei com as pontas dos dedos,
Passeei em teu corpo
Flutuei em teu perfume.
Me perdi entre teus negros cabelos
Me encontrei no abismo do teu umbigo
E como em um balé místico
Dançavas em cima de mim
E eu, hipnotisado, pairava, como se estivesse no ar
Hoje digo: nada pode ser mais belo
Pois saiba meu amor:
"Assim como cegos,
Os poetas sabem
Ver no escuro"
Olhando para o céu lindo e estrelado
Vejo seus olhos no brilho de cada estrela
E o céu, assim escuro e azulado
Me presenteia com o brilho Da mulher mais bela.
Na penumbra de meu quarto
Te senti, toquei, apalpei,
Te enxerguei com as pontas dos dedos,
Passeei em teu corpo
Flutuei em teu perfume.
Me perdi entre teus negros cabelos
Me encontrei no abismo do teu umbigo
E como em um balé místico
Dançavas em cima de mim
E eu, hipnotisado, pairava, como se estivesse no ar
Hoje digo: nada pode ser mais belo
Pois saiba meu amor:
"Assim como cegos,
Os poetas sabem
Ver no escuro"
sábado, 15 de outubro de 2011
Dar-te-ia
Então, tenho descartado os dias,
os quais não te vejo
E dois mil dias, antes,
de te conhecer, Corri!
Pra esse dia não acontecer.
Sem perceber
Que corria pra você...
Hoje, meu sol, lua e céu
só existem em teus braços,
Em teu cheiro, teu beijo.
E se teus olhos
nada me dissessem, esqueceria,
Mas como esquecer?
Se você lembra todos os dias.
E o medo de te ter
se torna maior
Que o medo de te perder
Sangro lágrimas,
Choro sangue,
Por me privar de cada instante
que ao teu lado poderia está.
Mato afogados sonhos.
Finjo está tudo bem
Mas basta pensar em tua voz
que meu corpo estremesse
Desenho a lápis, traços firmes
Em minha imaginação
Tuas curvas, corpo e rosto
E como em uma obra de arte divina
Cada detalhe é encantador
Teus sinais, teus pelos ralos,
tua pele macia,
e até tua marca de catapora...
Tento recompor na tua ausência
aquela canção
Que começamos a dois meses atrás
Dedilho o violão em tom menor
Pois com tua distância
Não o caberia outro tom!
Entre notas e soluços
Me vem a cabeça
A cama apertada, tua cara envergonhada
O cartão que não passava
a toalha em que envolta se encobrias...
... E nua quero ver-te todos os dias!
E então, enfim
"Não mais que errante
te desejo como amigo e como amante"
Para isso tu seria livre
Como borboletas
Para que na Primavera
Eu pudesse te dar amor
em forma de flores
E no inverno
meus braços, te daria
Para que dele
Pudesses fazer teu casulo.
E baixinho, ao teu ouvido,
e bem baixinho, e leve, e doce
Cantaria aquela canção
que fiz ao te conhecer.
Porque sem sua presença
ela não passa de notas soltas, sem sentido!
Por fim, morrerei,
Morrerei de tanto
Dar-me a te...
São sei horas da manhã
Ainda não dormir mais preciso acordar.
Então, tenho descartado os dias,
os quais não te vejo
E dois mil dias, antes,
de te conhecer, Corri!
Pra esse dia não acontecer.
Sem perceber
Que corria pra você...
Hoje, meu sol, lua e céu
só existem em teus braços,
Em teu cheiro, teu beijo.
E se teus olhos
nada me dissessem, esqueceria,
Mas como esquecer?
Se você lembra todos os dias.
E o medo de te ter
se torna maior
Que o medo de te perder
Sangro lágrimas,
Choro sangue,
Por me privar de cada instante
que ao teu lado poderia está.
Mato afogados sonhos.
Finjo está tudo bem
Mas basta pensar em tua voz
que meu corpo estremesse
Desenho a lápis, traços firmes
Em minha imaginação
Tuas curvas, corpo e rosto
E como em uma obra de arte divina
Cada detalhe é encantador
Teus sinais, teus pelos ralos,
tua pele macia,
e até tua marca de catapora...
Tento recompor na tua ausência
aquela canção
Que começamos a dois meses atrás
Dedilho o violão em tom menor
Pois com tua distância
Não o caberia outro tom!
Entre notas e soluços
Me vem a cabeça
A cama apertada, tua cara envergonhada
O cartão que não passava
a toalha em que envolta se encobrias...
... E nua quero ver-te todos os dias!
E então, enfim
"Não mais que errante
te desejo como amigo e como amante"
Para isso tu seria livre
Como borboletas
Para que na Primavera
Eu pudesse te dar amor
em forma de flores
E no inverno
meus braços, te daria
Para que dele
Pudesses fazer teu casulo.
E baixinho, ao teu ouvido,
e bem baixinho, e leve, e doce
Cantaria aquela canção
que fiz ao te conhecer.
Porque sem sua presença
ela não passa de notas soltas, sem sentido!
Por fim, morrerei,
Morrerei de tanto
Dar-me a te...
São sei horas da manhã
Ainda não dormir mais preciso acordar.
segunda-feira, 5 de setembro de 2011
Ser Poeta
Ser poeta é ser mais alto, é ser maior
Do que os homens! Morder como quem beija!
É ser mendigo e dar como quem seja
Rei do Reino de Aquém e de Além Dor!
É ter de mil desejos o esplendor
E não saber sequer que se deseja!
É ter cá dentro um astro que flameja,
É ter garras e asas de condor!
É ter fome, é ter sede de Infinito!
Por elmo, as manhãs de oiro e cetim…
É condensar o mundo num só grito!
E é amar-te, assim, perdidamente…
É seres alma e sangue e vida em mim
E dizê-lo cantando a toda a gente!
Florbela Espanca
Do que os homens! Morder como quem beija!
É ser mendigo e dar como quem seja
Rei do Reino de Aquém e de Além Dor!
É ter de mil desejos o esplendor
E não saber sequer que se deseja!
É ter cá dentro um astro que flameja,
É ter garras e asas de condor!
É ter fome, é ter sede de Infinito!
Por elmo, as manhãs de oiro e cetim…
É condensar o mundo num só grito!
E é amar-te, assim, perdidamente…
É seres alma e sangue e vida em mim
E dizê-lo cantando a toda a gente!
Florbela Espanca
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